sexta-feira, 1 de julho de 2011

Torta de maçã

Torta de maçã.

Aquela do desenho animado, que a vovozinha fazia  e deixava esfriando na janela.

Então o gato fazia de tudo pra conseguir chegar perto.

Seguia aquela fumaça que serpenteava pelo ar, atraindo e atiçando a fome do bichano.

Passava pelos perigos do quintal: a mangueira que ficava pelo meio do caminho, atrapalhando o trajeto, o rastelo que sempre era pisado e dava com o cabo no focinho, e finalmente o cachorro rabugento, pronto pra dar uma surra no gato guloso.

Quando conseguia chegar perto, pegava a torta e comia tanto, que ficava com a barriga explodindo de tão cheia.

Esse era o objetivo, e enquanto ele não conseguia, não sossegava.

Quantos de nós, a exemplo do gatinho, ficamos desesperados para nos alimentarmos do Senhor?

Quantos passam pelos perigos do “quintal”, sem se importar com as mangueiras, os rastelos, os cachorros rabugentos que estão lá exatamente pra impedir ao máximo que comamos a deliciosa torta de maçã?

A fome pela  Palavra, pela presença Dele, tem nos deixado como aquele gatinho?

Quando sentimos o cheiro da fumaça, queremos segui-la, ou quanto mais longe dela melhor?

E se chegamos na torta, comemos até nos fartar, ou apenas damos uma lambiscada e tudo bem, já esta bom?

Costumo dizer que se buscássemos a Deus com a mesma intensidade com que nos dispomos a frequentar o facebook, o msn, os salões de cabeleireiros, com o mesmo desejo pela  viagem de férias, a compra da casa própria, do carro zero, a promoção na empresa, e tantas outras coisas, talvez já tivéssemos mudado o mundo.

É tempo de mudarmos nossa relação com Deus.

É tempo de firmarmos um compromisso definitivo com Ele.

É tempo de ter tempo com Ele.

É tempo de deixar de perder tempo.

É tempo de, custe o que custar, comer a torta.

É isso.

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