Lembrando

Às vezes cansa, da vontade de parar...

Mas daí, eu me lembro da história de Noé, que durante 120 anos pregou, construiu uma arca, foi chamado de louco, mas cumpriu o propósito do chamado, e é um dos heróis da fé.

Às vezes cansa, da vontade de parar...

Mas então, eu me lembro de Abraão, que creu, e insistiu em crer, viveu em tendas, em lugares que não conhecia, na esperança da promessa que sabia que se cumpriria, e que se cumpriu.

Às vezes cansa, da vontade de parar...

Mas daí me lembro de José, que viu seu mundo desmoronar de repente, e que de revés em revés, construiu uma historia de fé, mesmo contra todas as evidências, e se tornou um dos homens mais influentes da história.

Às vezes cansa, da vontade de parar...

Mas como parar lembrando dos 12 homens que mudaram a história?

Homens comuns, simples, do povo.

Homens que deram a vida pela causa do Mestre.

E tantos outros, milhares de homens e mulheres que crendo em Jesus Cristo, pagaram com  sangue, a fé que expressavam.

Às vezes cansa, da vontade de parar...

Mas quando olho para a cruz, tudo muda.

Foi muito amor, inexplicável.

Constrangedor.

Ele não parou, não desistiu, foi até o fim, até a morte.

Então, não dá pra parar, não dá pra desistir.

Posso até me cansar.

Mas parar, jamais.

Dois Polos

É gritante.

O abismo entre os dois pólos é imenso.

E na imensidão é que se perde.

Milhares de placas anunciam caminhos diversos.

Estradas que levam a lugar nenhum, pois prometem nada além do que se pode ter aqui, e o aqui passa num abrir e fechar de olhos.

Passa mesmo.

A dimensão do eterno não pode ser divisada com olhos naturais, humanos.

Ela apenas é descortinada para quem vive com o coração nela.

Lembra quando Jesus Cristo disse que “onde estiver seu tesouro, ali está seu coração”?

(Mt 6:21)

Isso fala de viver com a mente, o coração, as forças, os sonhos no que é eterno.

Fala de estar intimamente ligado Nele.

Qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, que se é alcançada sem Ele, não esta na dimensão do eterno.

E vai passar.

A questão é em qual dos pólos nós queremos estar.

Ou estamos ligados no Senhor, ou estamos fora Dele.

A decisão é nossa.

É minha.

É sua.

Abrir mão

Tem que ter coragem.

Abrir mão de tudo.

Deixar o Reino, o Trono, a Glória.

Tem que ter coragem.

Num país cristão, e às vezes me pergunto se isso é bom ou ruim (pois se acostumar com Jesus é o começo do fim), corre-se o risco de não se importar mais com o que realmente importa.

O que Jesus fez foi tudo.

Ele fez tudo.

Veio nascer aqui, viver como nós.

E ao contrário do que se diz (para tornar conveniente o amor às coisas, interpretando textos fora do contexto), Jesus nasceu num curral, era de Nazaré, lugar em que a maioria dos que se dizem cristãos não comprariam um lote de jeito nenhum, pois não era um lugar dos melhores. Certa vez, perguntaram se poderia vir alguma coisa boa de lá.

Sabe, quanto mais leio a vida de Jesus, mais fico inconformado com a cara do ser cristão hoje.

Ser algo que não tem nada a ver o modelo original.

Jesus é o modelo original.

Não são instituições, nem lideres, nem idéias, nem novas visões.

Jesus é o modelo.

Ser cristão é fazer o que Ele faria.

É fazer o que Ele fez.

É, se preciso for, abrir mão dos títulos, dos bens, das honras, dos holofotes.

Tem que ter coragem.

Dia Feliz

Esquecer é fácil.

Muito fácil.

Substituir no coração aquilo que já foi importante por outra coisa.

Não era pra ser assim, mas é.

E vamos nos esquecendo do dia mais feliz da nossa história.

Vai perdendo o valor.

Fica normal, fica comum.

Você se lembra da primeira vez?

Da vez em que Jesus Cristo te chamou?

De quando Ele cruzou o seu caminho?

Do dia em que Ele mudou a sua história?

Mas então, a vida continua, não é?

E o primeiro amor vai embora.

E então, um vazio começa a tomar forma.

E começam as substituições.

O primeiro carro zero, a primeira casa própria, o primeiro filho.

A formatura, o cargo de chefia, a diretoria da empresa.

E a lembrança daquele dia, do dia da salvação da morte eterna, do dia em que nossa alma foi tirada das mãos do diabo, não existe mais.

Aquela alegria que palavras não podiam expressar foi guardada em alguma gaveta da alma.

Passamos a depender de coisas, coisas...

Mas não existe nada, nada, que possa substituir a alegria do primeiro encontro, da primeira vez que nosso mundo foi preenchido pela presença poderosa, amorosa, graciosa do Senhor Jesus.

Meu convite a você hoje, é para que lá do fundo de onde esteja guardado este dia, o sentimento mais maravilhoso que você já experimentou possa te inundar.

E aquela alegria que vem Dele venha sobre você, e você perceba que além Dele, além do amor Dele, além da graça Dele, não existe nada.

Nada mais importante.

Nada mais sublime.

E que nem um dia vai ser mais feliz do que o dia do seu encontro com o Senhor Jesus.

Que Olhar

Bastou apenas um olhar.

Não de condenação.

Longe disso.

Foi um olhar de Amor.

Não esse amor daqui, cheio de emendas, fissuras.

Não um olhar daqui, impregnado de permuta, de interesse egoísta.

Foi divino.

Foi puro.

Pedro desmanchou.

Correu.

Se escondeu.

Coberto de vergonha.

O humano, caído, sendo abraçado pelo divino.

A ponte estava pronta.

Eternamente pronta.

Algo que mudaria a história para sempre, diante dos seus olhos.

A expectativa pelo pior que estava por vir, não dava espaço para perceber que o propósito fora cumprido.

O mesmo olhar nos procura hoje, agora.

Não para condenar, longe disso.

Mas para amar.

Para dizer: “Filho, eu te conheço. Conheço tuas limitações, tuas dores, teus temores, por isso mesmo que te chamo para perto, para ser Teu Senhor, para cuidar de você”.

Seja abraçado pela Graça.

Permita esse olhar te alcançar.

Discípulos ou Patrocinadores?

Discípulos ou patrocinadores?

O que foi que Jesus disse para nós fazermos?

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações...” (Mt 28:19a).

Jesus.

Foi Jesus quem falou.

Se isso tem alguma importância, se o que Jesus Cristo ordenou vale alguma coisa, (e só para lembrar, custou o sangue Dele), então, está tudo errado.

Vamos em poucas palavras, descrever a diferença entre discípulo e patrocinador.

Segundo o dicionário, discípulo é aquele que imita, que segue os exemplos de outro, e neste caso, imita e segue à Jesus.

Por isso mesmo é que Paulo, o Apóstolo, diz para nós sermos seus imitadores como ele foi de Cristo (1Co 11:1).

E, segundo o mesmo dicionário, patrocinador é uma firma comercial que custeia programas de rádio, televisão, espetáculos, disputas desportivas etc., para efeito de propaganda de seus produtos.

Então, o patrocinador quer algo em troca pelo patrocínio.

Interessante.

A diferença é gritante.

Enquanto o discípulo caminha colado no Mestre, o patrocinador caminha colado no resultado.

É por isso que as pessoas chegam arrebentadas na igrejas locais, isso quando voltam a uma igreja.

Pois quem cria o patrocinador, quem pede o patrocínio, promete o mundo e o fundo como resultado, o que, na maioria das vezes não acontece.

Não acontece, pois a palavra final é do Senhor, a prerrogativa é Dele.

Não acontece porque seguir à Jesus pelo pão, é não entender nada de quem Ele é.

É uma troca entre o que eu dou e o que Ele me dá, e por ai, não vai dar certo.

Pessoas que não seguem a Jesus, mas seguem uma instituição, seguem um líder.

Não têm um relacionamento com Ele, não estão com Ele, não são Dele.

Talvez, isso seja um caminho sem volta, mas eu não vou me calar diante disso, não vou.

Fico com a Palavra.

Fico com Jesus Cristo.

Afinal, sou um discípulo Dele.

É isso.

Equilíbrio

Dois extremos.

Fazer, estar, se envolver, fazer.

Não fazer, se distanciar, ficar de fora, não fazer.

Nesse tempo em que estamos vivendo, esse é o maior risco para a igreja, e quando falo igreja, falo do corpo de cristo, falo de nós.

São muitas as possibilidades.

Tem muita coisa pra se fazer, em qualquer comunidade onde irmãos em Cristo se reúnem.

Missões, ações sociais, música, orfanatos, asilos, presídios, hospitais, enfim, uma infinidade de opções.

A isso damos o nome de ministério.

É só a pessoa chegar, e se quiser, acha o que fazer.

É assim.

E também existe o outro lado da moeda.

Gente que não quer se envolver, por “ene” motivos.

Decepções por onde passou, expectativas não correspondidas e por ai vai.

Mas o que me chama a atenção é algo que pode acontecer e, acreditem, acontece.

Os ministérios tomam o lugar de Jesus.

Talvez possamos chamar à isto de Idolatria Ministerial.

Se idolatria é tudo o que toma o lugar de Jesus em meu coração, então pode ser definido assim.

É extremamente importante trabalharmos para o Reino, sem dúvida.

Mas quando esse trabalho para o Reino toma o lugar de  Deus, toma meu tempo com Ele, algo está errado.

E em contra partida, quando meu tempo para Deus é escasso por minha desistência pelo Reino Dele, também é desastroso.

Então, onde está o equilíbrio?

O equilíbrio está em se relacionar com Jesus como pessoa, e não como religião.

Está em colocar esse relacionamento como prioridade.

A primazia deve ser Ele, sempre.

O mais importante em ser cristão é Cristo, é a pessoa Dele.

O centro é Ele.

Os ministérios são importantes? É claro que são, mas não mais do que Jesus.

Fazer para o Reino é importante? Com certeza que sim, mas não mais que o Rei do Reino.

Dois extremos.

Em qual deles você está?

Equilíbrio.

Pense nisso.

Caminho da Frustração

Doze quilômetros.

Dois homens.

Uma frustração.

Talvez a maior de todas.

Quilômetros de conversas, de desabafos.

De pensamentos de como teria sido diferente se a morte não tivesse atravessado o caminho.

Dura realidade.

Perguntas sem resposta.

O caminho da frustração era sol do meio dia sem nenhuma sombra.

Dura realidade.

A frustração cega a alma.

E eles estavam assim.

Cegos.

Quantos de nós já não nos frustramos?

É quase impossível nunca ter passado por isso.

Faz parte da vida.

Algo que pensávamos que poderia ter sido diferente, na nossa ótica.

Situações que nos impediram de ver o que realmente importava.

Somos assim, como aqueles dois homens.

Como aqueles dois discípulos de Jesus.

Foi necessário que Jesus interviesse, que chamasse a atenção para Ele.

Foi necessário que Ele mostrasse que algumas vezes, são necessárias situações aparentemente frustrantes  para que algo infinitamente maior e melhor aconteça.

E Ele faz assim conosco.

Não importa o tamanho da frustração.

O que importa é que se você serve a Jesus, se Ele é o teu Senhor, o resultado da situação que te frustrou é o melhor para você e a honra e a glória para o Nome Dele.

Creia nisso, em Nome de Jesus.

Caminho da Cigarra

Já parou pra pensar na cigarra?

Ela canta e morre.

Tudo bem que ela canta, canta, canta, canta, e canta muito pra depois morrer.

Mas é assim.

Ela canta e morre.

Da pra entender que ela cumpre o propósito.

Que vida nobre.

Curta, mas nobre.

Cumpre o propósito.

E nós, vivemos pra que?

Qual é o propósito?

Paulo, o Apostolo, escreve aos irmãos da Igreja em Éfeso, no Cap. 1:6,12, que somos feitos Nele para louvor da Sua Glória.

Este é o propósito.

Sermos louvor e glória para Ele.

Em tudo o que fizermos, em tudo o que venhamos a ser, fazer disso motivo de louvor e glória a Ele.

A cigarra cumpre esse propósito.

Pois quando canta e morre, cumpre o motivo da sua criação.

Cantar e morrer não são um fim em si mesmo, mas cumprir o propósito o é.

Levantando pela manhã e sendo grato a Deus, é louvor e glória a Ele.

Vendo o dia como oportunidade de trazer e fazer o Reino de Deus acontecer nas mínimas coisas, é louvor e glória a Deus.

Então, nesse dia, seja louvor e glória para Deus, em tudo.

E da próxima vez que ouvir uma cigarra cantar, cante com ela.

Que Amor

Ele estava lá.

Todos os dias, esperando.

Pela cultura da época, era inimaginável a cena.

Um senhor, dono de terras, dono de gado.

Um homem respeitado. 

Não precisava estar lá, todos os dias, afinal de contas a decisão foi tomada à revelia.

A rebeldia falou mais alto.

Mas ele não se importava com o que pensavam.

Era seu filho, seu amado filho que havia partido e deixado apenas as pegadas na poeira da estrada, e que o tempo já havia apagado.

E ele esperava, todos os dias.

Deus faz o mesmo conosco.

Quantos de nós agimos como aquele filho.

Nem sempre partimos literalmente da presença do Pai, mas nos afastamos no coração.

Permitimos o mundo tomar conta de nós, e nos roubar do Senhor.

Quantas vezes tomamos a estrada aposta a vontade de Deus, sem sequer nos importarmos com os sentimentos Dele.

Pois Ele sente, e muito além da nossa capacidade de imaginar o quanto.

Nosso egoísmo nos leva a passos largos para uma mentira que é alardeada como verdade, pois fora Dele, não há verdade.

Nossas carreiras de sucesso nos afastam do Amor do Pai.

Nossas conquistas pífias, vazias, insignificantes, nos levam pra bem longe Dele.

E ainda achamos que estamos “abafando”.

Até que um dia, olhamos pra traz e percebemos que tudo o que foi feito fora Dele não valeu a pena.

Não teve valor.

Mas graças a Ele mesmo, que Ele sempre vai estar na porteira, esperando ver lá no horizonte um rosto que Ele conhece e ama demais, pra deixar de ter de volta no lar.

Que amor!!!

E dai?

Li numa manchete de noticiário que “tal pessoa repete roupas”.

Absurdo.

Absurdo não a pessoa repetir a roupa, mas ver a que ponto chegamos.

Alguém noticiando que alguém repete roupas.

Enquanto muitas pessoas usam a mesma peça de roupa várias e várias e várias vezes, como se isso fosse algum tipo de anomalia, outras se preocupam em não repeti-las.

Mas a questão não é o repetir ou não qualquer coisa que se tenha ou use.

A questão é ver o quanto o ser humano esta pobre.

Não de dinheiro, porque a pobreza real é determinada por quem se é, e não pelo que se tem.

Está pobre de valores.

Está pobre de emoções.

Está pobre de coração.

Está pobre de Deus.

Pode ser um multimilionário ou ganhar salário mínimo, mas se a vida se resumir nessas futilidades, não tem valor nenhum.

Valor que é reconhecido na simplicidade de ser feliz com o que se possui, não com o que se é dono.

Se você não tem muito de tudo, seja feliz com o que você tem.

Se você tem muito de tudo, seja feliz da mesma forma.

Viva satisfeito, com alegria, com gratidão.

E se precisar repetir a roupa, repita.

Passou voando.

A vida passa rápido.

Muito rápido.

Moisés, nos Salmos 90:10, diz que nós voamos.

Voamos.

Parece que foi ontem que eu me alistei na Aeronáutica, mas lá se vão 23 anos.

23 anos.

O tempo voa, e nós voamos com ele.

Por isso, no mesmo Salmo, ele pede ao Senhor que nos ensine a contar os nossos dias, para que o coração sábio seja alcançado por nós.

O tempo voa.

Contar os nossos dias, fala de viver dia a dia com o Senhor, pois sem Ele, não há contagem de dias.

Nesse tempo que voa, voar longe Dele é fatal.

Afastado do Senhor não existe a mínima possibilidade de se ter um coração sábio.

Não há.

A vida passa rápido.

Muito rápido.

O tempo de voltar o coração para Deus é hoje.

Dentro desse tempo que voa, hoje é urgente.

Hoje é o dia.

Então, faça valer a pena seu tempo.

E voe nele com o Senhor.

É isso.

Coisas e pessoas

Mais importante do que coisas.

Exceto pessoas, tudo o mais são coisas.

Carro é coisa.

Casa é coisa.

Bolsa da VH é coisa.

Relógios, perfumes, sapatos, vestidos, calças, roupas.

Exceto pessoas, tudo o mais são coisas.

Coisas que passam, mas antes de passar cobram caro.

Tudo bem se puder te-las.

Mas tudo mal viver por elas.

Morrer por elas.

Coisas deixam a gente frio.

Coisas separam pessoas.

Coisas atraem coisas.

E, exceto pessoas, tudo o mais são coisas.

Tocando o Céu

Era humana.

Sentia como humana.

Vivia como humana.

Era humana.

A dor de ver a filha sofrendo.

O insuportável quadro pintado pela vida, na vida humana, na vida da filha.

Não era escolhida, não era da “casa”, mas estava ali.

Lançada aos pés de Mestre, pede o milagre.

Pede a cura.

“Não importa comer das migalhas que caem da mesa, Senhor, se até os cachorrinhos se alimentam assim”.

E  então...

A fé que toca o Céu acontece mais uma vez.

Traz a cura.

Traz a libertação.

Traz a Vida.

Aleluia!!!!

Vestido pelo Amor

Cheiro de morte.

A vida dele era assim.

Morte.

Dormir nos túmulos era o final do dia.

Pesadas correntes eram linhas de seda.

Gritos guturais o faziam parecer um animal.

Morte.

O nome era uma cidade, que talvez o chamasse assim pelo pavor que ele causava.

Mas um dia, ah... Um dia... A Vida passou pela cidade.

Jesus passou pela cidade.

O Salvador passou pela cidade.

E já não cabia mais morte.

Não havia espaço para desespero, gritos, dor.

E o que antes era morte, experimentou a graça.

O que era desespero se transformou em esperança.

O que andava nu foi vestido com as roupas do Amor de Deus.

E o que era conhecido pelo medo que causava, agora foi conhecido pelo Salvador que anunciava.

Jesus entrou na vida daquele homem.

Transformou tudo.

E quer fazer o mesmo com você hoje.

Deixe Jesus passar pela sua cidade.

Permita que Ele entre nela.

E seja transformado pelo Poder Dele.