Sopa de letras

A centralidade do evangelho genuíno é a seguinte: Jesus veio, morreu, ressuscitou, e foi preparar lugar no céu para todo aquele que Nele crer.

Essa é a verdade irrefutável das escrituras.

Quando me deparo com Paulo, o Apóstolo, falando na carta aos colossenses capitulo 3.1-2, para os cristãos pensarem nas coisas que são do alto, entendo que ele sabia dos riscos em se fazer o contrário disso.

Ele fala de viver aqui com os olhos em Jesus, com os olhos onde Ele habita.

Não quer dizer para viver como alienados que estão o tempo todo viajando na maionese, mas fala de pessoas que não estão presas aqui, no sistema, nas coisas.

Mas em contra partida, o diabo conhecendo o homem, sabendo que lá no Éden, o modelo caiu como um pato na armadilha que ele preparou, viu que coisas fazem a cabeça desse Homem uma facilidade incrível.

E a sopa de letras está armada.

Um versículo isolado aqui, uma pitadinha de outro ali, e pronto, viver e ter o melhor que se puder aqui  e agora é a palavra de ordem dos arautos da gospelidade.

A filosofia Edonista que prega o “comamos e bebamos porque amanhã morreremos” se infiltrou nos arraiais cristãos.

Então parece que a mensagem de Paulo se tornou obsoleta, quando o quadro atual é visto.

É obsoleta pois pensar no céu tira o desejo de ter tudo o que o dinheiro puder comprar.

É obsoleta pois pensar nas coisas que são do alto, faz ver o próximo como alguém com quem eu posso dividir o que eu tenho, sem me importar com o dia de amanhã.

Na mensagem gospel, o evangelho de Jesus Cristo e dos Apóstolos não cabe na sua totalidade, ou pensando bem, não cabe em quase nada.

Se você ainda não entrou na onda do aqui e agora, guarde seu coração em Deus e permaneça Nele.

E se por outro lado o bicho gospel já te picou, corra de volta pra Jesus, que tem o antídoto para que você não morra tendo tudo o que sonhou, mas distante do alto.

É isso.

Além das circunstâncias

(Texto baseado no Evangelho de Marcos, cap.5:21-43)

A grande questão é em quem acreditar.

A Bíblia fala de um homem chamado Jairo.

A filha dele estava doente, pra morrer mesmo, e ele resolve procurar Jesus.

No meio da conversa entre ele e o Mestre, seus amigos o chamam e falam para ele deixar a situação de lado, dizem que ele não incomodar mais a Jesus, pois sua filha já havia morrido.

Então Jesus olha para ele e fala outra coisa.

Ele fala para o homem não ter medo, mas apenas crer.

E quando chega à casa do homem, diz que a menina não estava morta, mas que apenas dormia.

Diante de uma situação dessas, entre duas sentenças, em qual delas nós acreditaríamos?

De quando em quando é colocado diante de nós algo que exige uma decisão.

E quase sempre estes momentos são acompanhados de dúvida.

Mas a questão aqui é quem está envolvido na situação.

E eu quero te falar uma coisa.

Se Jesus estiver na situação, se Ele foi procurado por você em meio a sua dor, angústia, incerteza, medo, saiba de uma coisa: a ultima palavra é Dele.

Não importa o que as pessoas falarem, não importa o que as circunstâncias mostrarem, não importa.

O que importa é o que Jesus fala, sempre.

Se Ele falou que a menina está viva, é porque está.

Se Ele disse para você apenas crer, então apenas creia.

Somente creia.

E creia na pessoa certa.

Creia em Jesus.

Intrínseco

Seguir Jesus exige coragem.

Demanda esforço e renúncia.

Não existe a possibilidade de segui-lo à minha maneira.

A palavra seguir segundo o dicionário significa ir atrás de, acompanhar, ir no encalço de; perseguir, percorrer, ir ao longo de, observar, dar atenção, imitar, tomar como modelo.

Logo, segui-lo exclui qualquer outra forma de definição para a palavra.

E porque exige coragem?

Exige coragem por que quando você segue alguém, mas segue mesmo, não é você quem escolhe as situações advindas da decisão de seguir.

Ou você acha que os Apóstolos e os primeiros cristãos escolheram seguir a Jesus como quem escolhe o que comprar no supermercado?

É historicamente claro que não.

Eles sabiam que os riscos seriam reais, como foram.

É que hoje, na realidade café com leite que vivemos como igreja brasileira, coragem, renúncia, esforço, soam mais como passado, e bem distante, “graças a Deus”.

Mas é só ler as Escrituras, mesmo que panoramicamente, e notar que essas três palavras estão intrinsecamente ligadas no decorrer da Bíblia Sagrada.

Olhar exemplos como o de Abraão, Moisés, Josué, José, Ester, Davi, os Profetas, os Apóstolos, e Jesus, ah... Jesus.

O maior exemplo de esforço, coragem e renúncia é Jesus.

Então, segui-lo é no mínimo, saber que durante a caminhada eu seguramente terei de enfrentar situações onde esforço, coragem e renúncia, serão realidade.

Durante a vida cristã eu enfrentarei adversidades, mas na certeza de quem venceu o mundo está comigo.

Essa é a verdade.

Essa é a esperança.

Essa é a vitória.

Aleluia!!!!!!

É assim que é

De repente.

Quantos de nós estamos preparados para o de repente?

E ele acontece sem escolher raça, sexo, crença, ele apenas acontece.

Pode ser maravilhosamente bem vindo ou espantosamente inoportuno.

Mas é assim.

Os de repentes da vida nos alcançam, mais cedo ou mais tarde.

De repente você recebe uma noticia trágica, e tem que lidar com os próximos minutos, dias, meses, que parecem demorar mais que a eternidade.

Ou, de repente, algo que só pode ser chamado de milagre bate na porta da sua vida e muda para melhor, infinitamente melhor, a sua existência.

A questão é: nas mãos de quem minha vida vai estar quando o de repente acontecer.

Independente de qual deles me sobrevier, onde eu coloco minha fé é fator determinante para que eu tenha êxito ou não em passar por ele.

De repente a promoção sai, o salário dobra, e tudo o que você sonhava em ter e alcançar é realidade.

E também de repente você se transforma.

Os amigos de antes já não servem mais, o carro, a casa, as roupas, são vistos quase que como lixo que precisam desesperadamente ser “jogados fora”.

E o despreparo para o de repente mais uma vez, mostra a cara.

Ou de repente, a doença chega e a cura não, o cônjuge olha para você e diz que o amor acabou, o filho se revolta na adolescência pra nunca mais ser o mesmo, e o que era seu mundo desmorona.

Então a alegria vai embora e com ela a gana de viver.

E nessa hora, boa ou ruim, onde vai estar a sua fé?

Crer que Deus é capaz de nos ajudar a superar tanto uma como outra situação faz toda a diferença.

Só quem te criou conhece cada milímetro da sua vida.

Só Ele sabe como e o que você pode suportar.

Somente Ele pode caminhar com você na estrada que a vida te apresentar.

Creia nisso.

Mais uma vez

“O insucesso é apenas uma oportunidade de começar de novo com mais inteligência” (Henry Ford).

De quantos novos começos você já precisou?

De um, dois, dez, cem?

De quantos?

Quantas vezes já olhou para trás e disse consigo mesmo: “Se pudesse, faria tudo diferente”?

Eu já, e muitas vezes.

E eu penso que o mais difícil é saber discernir quando começar de novo.

Mas é possível discernir.

“Nosso maior erro é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes” (Albert Einstein).

Uma das provas de que estamos discernindo o tempo de recomeçar é entender que se os resultados são os mesmos, é hora de mudar, e toda mudança é um recomeço.

Sempre que o sol nasce, ele fala de um novo começo, de uma nova oportunidade.

Então, se você está lendo esse blog agora, é porque está vivo, e se você está vivo, está vendo mais um dia em que o sol nasceu.

Portanto, independente de seus erros ou acertos, dos golaços ou das bolas chutadas para fora do estádio, hoje é tempo de recomeçar.

E se até hoje você tentou sozinho, é hora de recomeçar com alguém que faz toda a diferença.

Recomece com Jesus Cristo.

De a Ele a oportunidade de fazer com você o que fez com Pedro, após Pedro  tê-lo negado, de  fazer com você  como fez com Maria Madalena, que após uma vida de dissabores e tormento, experimentou a graça redentora do Mestre.

E faltariam linhas e tempo para falar de tantos outros homens e mulheres que recomeçaram com Jesus.

Eu sou um deles, e você?

Desabafo

Desabafo.

Quanta futilidade.

A mulher é produto, usada como imagem para vender tudo, inclusive ela.

A apelação assusta.

Quase nada no mercado é feito sem que peitos e bundas sejam mostrados numa boa, e ao meio dia.

Caminhando mais um pouco nessa estrada pavimentada pela cabeça vazia do povão, vemos o futebol, ah... O futebol.

A paixão do jogador pelo clube, que não é mais clube, não pode existir mais, pois uma coisa não existe sem a outra.

O cara beija uma camisa hoje, outra amanhã, mais outra depois de amanhã, e nesse circo os palhaços são os torcedores, que se esqueceram de recolher a lona e encerrar o espetáculo.

E os milhões de reais enchem o bolso dos empresários e dos atletas boleiros.

Andando um pouco mais, damos de cara com o paredão do BBB, e a carada atordoa.

É o fundo, do fundo, do fundo, do fundo afundado do poço veiculado pela Rede Globo de Televisão, que aliás, é a responsável pela maioria das porcarias que fazem parte das programações televisivas.

E é em high-definition, pra ver a porcaria bem definida.

A manipulação é absurda, empreitada por marqueteiros escolados e que conhecem bem a cabecinha do povo, que aceita tudo, e quanto pior, melhor.

O noticiário se fosse um filme, poderia ser chamado de “Corrupção, um Rio de Sangue e Lágrimas”, e seria um sério candidato ao Oscar.

As novelas continuam a fazer dos que as assistem um bando de alienados, que vivem num mundo irreal, fantasioso e caro, pois os modismos são ditados nelas e o consumismo aliado ao desejo de ser parecido com a estrela global, impera.

Enfim, a lista é imensa, e a minha intenção não é esgotar o assunto.

É apenas um desabafo.

Um desabafo.

É isso.

Roda gigante em Campo minado

O céu é para vencedores.

Só para vencedores.

A.W.Tozer escreve um titulo que diz “Este mundo: Parque de diversões ou campo de batalha”.

A luta é diária.

Renuncias devem ser feitas todos os dias.

O abrir mão de tudo o que impede nossa comunhão com Deus deve se imperativo.

Por isso é um campo de batalha.

Creio que vivemos uma das épocas mais difíceis para a fé cristã.

A mistura, as concessões, o santo e o profano de mãos dadas, deve ser motivo de levar cada um de nós a refletir sobre nossa postura.

E vencer, depende de como nós vemos a vida cristã.

A comparação com o parque de diversões é apropriada e atualíssima (embora Tozer tenha escrito seus textos  nas décadas de 30 a 60).

O parque de diversões fala de despreocupação, de relaxamento, de curtição, de guarda baixa.

Em contra partida, o campo de batalha é o lugar onde qualquer descuido, custa a vida.

A pressão, as balas, o barulho das bombas, o tremor do chão e das estruturas, o matar ou morrer.

E nessa triste realidade em que vivemos hoje, onde os valores mais básicos do ser cristão estão nivelados por baixo, devemos decidir onde estamos de verdade.

Quem somos e o que fazemos para vencer.

Devemos a cada dia aprofundar nossa comunhão com Deus. Pois a formula é simples: quanto mais de Deus, menos do mundo.

Quanto mais próximo  estivermos do Senhor, mais fácil será para nós renunciarmos tudo o que precisa ser renunciado.

Quanto mais próximo estivermos do Senhor, mais próximo estaremos de sermos vencedores.

Vencer ou não.

A decisão é nossa.

Banquetes e brigas

“Melhor é um pedaço de pão seco com paz e tranqüilidade, do que uma casa onde há banquetes e muitas brigas”. Provérbios de Salomão, cap. 17:1

Quantas vezes você já ouviu ou disse a frase: dinheiro não é tudo mas é 100%?

A falsa impressão que se tem é que se tiver muito dinheiro, todos os problemas serão resolvidos.

O escritor do livro aos Hebreus no cap 13:5, diz para nós não amarmos ao dinheiro, para nos contentarmos-nos com o que temos, pois o Senhor jamais nos deixaria nem nos abandonaria.

Mas porque será tão difícil entender isso?

Salomão, o homem mais rico e sábio que já existiu, fala com a propriedade de quem teve muito, mas muito mesmo.

Paz e tranqüilidade.

É a também boa e velha frase: “deitar a cabeça no travesseiro e dormir”.

Sabe-se das crises familiares em relação às heranças.

Pais e filhos que tornam-se inimigos mortais por conta dos bens da “família”.

Almoços e jantares aonde a inimizade entre irmãos vem à tona constantemente.

Contentar-se com o que se tem.

Se cada um de nós praticássemos isso, muitas situações seriam evitadas.

Mas quando se pensa no pão seco, chega dar gastura, não é?

Mas é o que a Bíblia diz.

Essa é a comparação.

E nessa onda de enriquecimento gospel, da propagação da mensagem da fartura, do ter, ter e ter, a impressão que se tem é que as Escrituras se contradizem, ou na melhor das intenções, não queriam dizer o que dizem, certo?

Errado.

E sem essa de interpretação.

Essa famigerada desculpa tem sido responsável pelos desmandos do universo gospelizado.

Interpretação é para o que está oculto, e ponto final.

Troque a ânsia pelo ter, pela experiência de se contentar com o que se tem.

E permita que Deus cuide de você em cada detalhe da sua vida.

É isso.

Improváveis

Quem poderia dizer que cada um deles seria o que foram.

Um pagão chamado para realizar o projeto de iniciar um nação, um grande nação.

Um menino vendido como escravo, se tornar o segundo homem mais poderoso do mundo.

Um outro menino que já nasceu condenado à morte, se tornar o libertador de uma nação inteira.

Quem poderia dizer que cada um deles seria o que foram.

Uma camponesa simples se transformar em rainha de um Império.

Um pastor de ovelhas adolescente, se tornar o maior rei da história.

Um grupo de pescadores que transformou o mundo.

Talvez você hoje se considere improvável.

Pode ser que você olhe para dentro de si e não ache nada aproveitável.

Quem sabe você não foi aquele que as pessoas olhavam e diziam “lá vai o sonhador”.

Ou ainda, desde pequeno a morte te rondou como uma vilã implacável.

Pode ser que você não foi lembrado para a reunião da família.

Em qual dos quadros você vê seu rosto pintado?

Mas a boa noticia é que cada uma dessas histórias, Deus agiu.

Foi Ele que em meio a tantas adversidades, viu a possibilidade de usar cada pessoa envolvida na trama da existência.

Foi Ele que tornou cada maldição em benção, cada dor em cura, cada tristeza em alegria.

E hoje Ele faz o mesmo.

E quer fazer por você.

Não importa qual seja sua história, sua realidade.

O que importa é que Ele não mudou.

Levante os olhos e se surpreenda.

Deus vai mudar a sua história.

Sozinho não dá

Cacos, trapos, restos, entulhos.

Quantas vezes você já se olhou e viu isso no espelho?

Quantas noites chegaram e com elas trouxeram pesadas cargas?

Quantas vezes logo pela manhã, você suspirou e disse consigo mesmo: “será que eu consigo mais um dia”?

Creio que cada um de nós já teve esse momento “usina de compostagem”.

Em quanto é só momento, tudo bem.

Mas o perigo mora onde isso se torna parte de nós.

É maléfico quando o espelho não reflete mais o que você foi criado para ser.

Sem entrar no mérito das escolhas ou da realidade de quem não teve escolha, é meu comportamento que vai definir o final da história, que na verdade não tem um final pois somos seres eternos.

“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso”. Evangelho de Mateus, cap. 11:28

As palavras de Jesus nesse texto são claras.

Não dá pra levar o peso da vida sozinho durante uma vida inteira.

Não dá.

Mais cedo ou mais tarde a gente vai arriar, e as onomatopéias serão inevitáveis.

Dividir as cargas com Jesus é a melhor escolha que alguém pode fazer.

Amigos são necessários, mas são humanos.

Existem cargas que somente Jesus pode carregar por nós.

Somente Ele.

Talvez hoje, nesse momento, você esteja cansado, querendo desistir, pensando em jogar a toalha.

Mas ao invés de jogar a toalha e desistir, experimente abrir a porta da sua vida e permitir que o Senhor Jesus entre por ela e faça uma limpeza geral.

Não se preocupe em catalogar seus pesos e cargas, pois Ele já conhece cada um deles.

Entregue tudo a Ele.

E da próxima vez que você se olhar no espelho, cuidado pra não explodir de alegria.

Parece mas não é

Não pode ser comum.

Jesus na sua vida, não pode ser comum.

Acostumar-se com Ele é como se acostumar a entrar em casa e acender a luz.

“Tenho, porém, contra ti, que abandonaste o teu primeiro amor” Apocalipse cap 2:4

A gente vai fazendo, crescendo, ficando famoso, vira celebridade.

A igreja também cresce, fica famosa, pessoas viajam milhares de quilômetros só para conhecerem o fenômeno de sucesso ministerial.

Tudo se torna grande.

De repente, os adoradores viram artistas com empresários, assessores de imprensa, milhares de fãs, milhares de reais na conta.

O que antes era simplesmente pastorear o rebanho, agora é uma agenda cheia de compromissos itinerantes, onde a ponte aérea se torna a casa.

E o que era motivo de celebração, torna-se comum.

Jesus passa a ser um ilustre coadjuvante dentro do gigantesco mundo gospel.

Não pode ser comum.

Tudo o que foi feito por nós na cruz, não pode ser reduzido a um sistema onde impera a competição de quem pode mais por que tem dinheiro suficiente pra comprar por milhões de reais horários na TV, e anunciar tudo, menos o evangelho.

Não pode ser reduzido a eventos, congressos, shows, onde lucrar é imperativo, e o evangelho deixa de ser evangelho e passa a ser evangélico.

Primeiro amor.

Amor?

Não, tudo isso passa longe do amor.

Pode ser qualquer coisa, menos amor.

Que Deus tenha misericórdia de nós.

Vida e cruz

Você vive para que?

O que te fascina?

O que te atrai?

O que ocupa sua mente?

Em que você investe seus esforços?

Você vive para que?

O que te motiva?

O que te move?

O que faz seu coração bater acelerado?

O que tira o seu fôlego?

Você vive para que?

O cuidado que cada um de nós como cristãos deve ter, é que as respostas a essas perguntas passem pela cruz.

Só existe vida após a cruz.

Cristãos necessariamente precisam passar por ela.

Não há cristianismo sem cruz, e consequentemente, não há propósito, não há vida.

Paradoxalmente, não há vida.

O brilho de qualquer coisa ausente dela se apaga.

O sentido pleno, absoluto, só é entendido, só é experimentado através da cruz.

Por isso, se você é cristão, reflita seriamente sobre isto.

Só existe vida após a cruz.

É isso.

Semelhantes a quem?

Restart.

É uma banda de um estilo chamado Emo, que gosta de roupas coloridas, cabelos com estilo próprio, música fraquinha, mas enfim, faz estilo e tem seguidores, e muitos.

Os seguidores ou fãs, se vestem, andam, tem os cabelos e os trejeitos semelhantes aos ídolos. São semelhantes a eles.

Se migrarmos para o âmbito religioso, temos os monges budistas.

Vivem, comem, se vestem, enfim, tem o estilo de vida que pela tradição, Buda tinha.

Ainda no religioso, vemos os frades franciscanos, que semelhantemente aos budistas, vivem, comem, se vestem como Francisco de Assis, sendo assim, semelhantes a ele.

Então chegamos aos cristãos.

O interessante, é que nesse caso, não são as roupas, os cabelos, a alimentação, a moradia, que fazem o individuo ser parecido com Jesus Cristo.

Ser cristão é ser semelhante a Jesus na essência.

Aquele que diz estar nele, também deve andar como Ele andou (1 João 2:6).

Esse é o desafio.

Numa sociedade totalmente secularizada, gananciosa, consumista, egoísta e etc, o desafio da igreja é salgar sem perder o sabor.

E o sabor se vai quando ao invés de sermos semelhantes a Jesus, nos tornamos semelhantes ao mundo.

E isso é perceptível em quase todo o âmbito eclesiástico.

Os costumes e praticas que antes víamos apenas fora dos arraial cristão, hoje são comuns dentro do arraial.

O circo foi montado e está difícil terminar a turnê.

Artistas, celebridades, que quando comparados ao Senhor Jesus, aos Apóstolos, aos irmãos da primeira igreja, aos mártires dos primeiros séculos, não são sequer uma sombra deles.

E não é necessário usar exemplos tão distantes.

Se voltarmos setenta, oitenta anos atrás, a realidade era muito, mas muito mais cristocêntrica.

Esse é o desafio.

Aquele que diz estar nele, também deve andar como Ele andou.

É isso.

Sem explicação

Graça.

Não é fácil compreender.

Na definição do favor imerecido, fica ainda mais estreito o caminho do entendimento do que ela representa.

É um olhar além do que o natural pode ver.

Então, no meio de toda essa tentativa de compreensão, o melhor a fazer é se entregar à ela.

É pra todos.

Sem distinção.

O passo é apenas um: aceitá-la.

É ter a coragem de olhar pra dentro de si e deixar que cada espaço conhecido ou não, seja inundado por ela.

É permitir que ela faça parte da sua vida hoje, e por toda a eternidade.

Você foi alcançado.

Foi amado.

Foi agraciado.

Basta querer.

Graça, não se explica.

Experimenta-se.

Vive-se.

Você e ela, plano perfeito.

Dois verbos, uma ordem

“Arrependei-vos e crede no Evangelho” Evangelho de Marcos, cap. 1:15b

Jesus inicia sua caminhada de encontro à morte com essas palavras.

É interessante que antes do crer vem o arrepender.

Arrependei-vos é imperativo.

É indispensável, é inegociável.

No gamalieles, arrependimento é o reconhecimento de que se pisou na bola, errou feio, se está indo na direção errada, perdeu o mapa.

E nesse caso especificamente, o mapa é o Evangelho.

E nesse caso, especificamente (quero ser o mais claro possível), crer no mapa sem arrependimento, é a ter a mesma postura dos piratas, que encontravam um mapa do tesouro, tesouro que não era deles, e se apoderavam do mapa como donos do achado causando assim um sem fim de mazelas aos envolvidos no processo.

Crer no Evangelho sem arrependimento, é fazer dele instrumento de conveniência, de usurpação, de negócio, de poder.

Crer no Evangelho sem arrependimento, fala de superficialidade, da aparência do bem, mas que no fundo é só aparência, lembrando a comparação de Jesus com os sepulcros caiados.

O arrependimento gera uma necessidade urgente de parar tudo, custe o que custar.

Pode custar a reputação, a posição social, a posição eclesiástica, a posição política.

Pode custar os bens, a família, os negócios.

Pode custar a vida.

Por isso o arrependimento é imperativo.

Sem ele, as implicações do Evangelho são postas de lado, e o resultado é um Evangelho frouxo, leve, café com leite, sem sacrifício, sem sangue, sem morte.

Então, hoje, ouça Jesus dizendo: “arrependei-vos, primeiramente arrependei-vos, corajosamente arrependei-vos, e depois, creia, somente creia no Evangelho”.

Como será?

Há aproximadamente dois anos, eu me vi envolvido em um projeto ambicioso. Realmente ambicioso.

Como produtor do mercado fonográfico, em conversa com um parceiro comercial, e sabendo de algumas aspirações de uma cervejaria no meio dos rodeios, tive um insight.

E o resultado foi um projeto com investimento na casa dos dez milhões de reais, e obviamente, nosso retorno seria fantástico.

Redigido e formatado, a reunião foi marcada e lá estávamos nós com um executivo da cervejaria.

Resumindo, o projeto seria analisado e nós seriamos informados a posteriori.

Como a empresa desistiu do mercado dos rodeios, o projeto foi arquivado.

Agora, pensa comigo.

Eu, um cristão professo, criando um projeto para fomentar uma cervejaria.

Alguém com princípios bíblicos, conhecedor da Palavra de Deus, que muitas e muitas vezes já havia pregado contra o álcool, drogas, etc, envolvido com uma cervejaria.

Seria no mínimo, incoerente.

O famoso “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”.

Mas, aonde quero chegar.

Como alguém que assina um contrato com a mídia secular, vai poder pregar contra o adultério, contra a mentira, contra a sensualidade, contra o sexo fora do casamento?

Como será pregado o culto somente a Deus, tendo um vinculo com uma emissora que abertamente divulga e dissemina os cultos e oferendas a entidades demoníacas?

Como será?

É difícil.

E eu sei que muitas pessoas consideram quem se posiciona contra isso, juiz da causa dos outros, ai já falam sobre não tocar nos “ungidos” do Senhor e etc.

Mas será mesmo que Deus está nisso?

O que vejo, é o quadro da tentação de Jesus sendo pintado novamente, só que com um final diferente.

O que me vem a memória, é Arão levantando um bezerro de ouro no meio do acampamento, e as pessoas na periferia, lá nas ultimas tendas, dizendo uma para as outras “foi Arão quem levantou o bezerro, e  ele é irmão de Moisés, então tudo bem, vamos adorar ao bezerro”.

E hoje, o que se diz é que se foram irmãos tão abençoados, não há problema algum.

Sem falar dos valores envolvidos (tanto os cristãos como os financeiros).

Creio que tudo isso deve ser analisado à luz da Palavra de Deus, para que haja o equilíbrio.

Sem sensacionalismo, sem emocionalismo, sem preferências pessoais, mas baseado na Palavra de Deus.

Afinal, o que vai permanecer é a Palavra, sempre.

É isso.

Foi por nós

Ele tinha um propósito.

Morrer.

Que loucura se analisado por olhos naturais.

Alguém pode até dizer que não pediu pra ninguém morrer, e se morreu foi por que quis.

Mas esse era o propósito.

Morrer.

No auge da vida, trinta e três anos de idade.

Ele tinha mãe, irmãos, parentes, amigos, conhecidos.

Tinha seguidores.

Mas tinha um propósito.

Morrer.

Talvez, pensasse em como seria com cinqüenta anos de idade, se os cabelos seriam grisalhos, ou se ficaria calvo.

Pode ser que pensasse em como seriam os filhos dos seus irmãos, sobrinhos que ele nunca poderia brincar, correr com eles, nadar.

Por que ele tinha um propósito.

Morrer.

E no jardim, o ápice da decisão, a alma quebrada pelo que viria, o peso da sujeira do pecado Nele, sem pecado.

Mas Ele tinha um propósito, e cumpriu.

Morreu.

Morreu por mim.

Morreu por você.

Que propósito.

Que amor.

Ano Novo

Que nesse ano novo você e eu possamos...

Amar mais, pois quem conhece a Deus, ama.

Perdoar mais, pois só é perdoado quem perdoa.

Rir mais, pois o coração alegre aformoseia o rosto.

Chorar mais, pois lágrimas acumuladas podem romper os diques do coração.

Crer mais, pois sem fé é impossível agradar a Deus.

Que nesse ano novo eu e você possamos...

Esquecer o que passou, pois já passou.

Enterrar os cacarecos e entulhos, pra nunca mais desenterrar.

Viver o hoje porque o amanhã não existe, pois quando chega já é hoje.

Ter um pára-brisa enorme e um retrovisor pequenininho, pra ser mais fácil olhar para frente.

Tomar água devagar curtindo cada gole, afinal, pra que pressa?

Que nesse ano novo você e eu possamos...

Acumular tesouros no céu, onde o ladrão não rouba e a traça não come.

Fazer da riqueza instrumento de vida na vida dos outros.

Saber que dar é melhor do que receber.

Usar nossos dons e talentos para o Reino, sempre.

Dividir com o outro o muito ou o pouco.

Então, que nós possamos fazer esse ano novo valer a pena.

É isso.