Mirrada.
Seca.
Era como estava a mão, a historia, a vida.
Quem se importava?
Ele era apenas mais um.
Mais um em meio a multidão.
O que valia mais?
Ele ou ovelhas?
Mirrada, seca.
A esperança já havia desaparecido.
Afinal, quem se importava.
Passos de fé assim são difíceis de dar.
Quase não existe fé.
Em meio ao culto, Jesus, o nazareno, pede para ele vir para o meio.
Onde todos pudessem vê-lo.
A vergonha tenta afastá-lo.
Mas ele vai.
Estender a mão seca?
Abrir as cortinas da vida mirrada, seca, é difícil, mas ele faz.
O dia parecia o menos provável, mas ele faz.
A religião era hostil, mas ele faz.
Os homens embrutecidos pela lei humana o olham com ódio, mas ele faz.
E é curado.
A Vida ganha mais uma batalha contra a morte.
A morte que seca, que mirra, que humilha, perdeu.
Hoje é dia de estender o que está seco, morto.
É dia de crer no impossível.
E dia de aceitar o convite de Jesus, sem vergonha de expor o que está falido, caído, mirrado.
É dia da vitória da morte sobre a vida.
Creia nisso.