Ele estava lá.
Todos os dias, esperando.
Pela cultura da época, era inimaginável a cena.
Um senhor, dono de terras, dono de gado.
Um homem respeitado.
Não precisava estar lá, todos os dias, afinal de contas a decisão foi tomada à revelia.
A rebeldia falou mais alto.
Mas ele não se importava com o que pensavam.
Era seu filho, seu amado filho que havia partido e deixado apenas as pegadas na poeira da estrada, e que o tempo já havia apagado.
E ele esperava, todos os dias.
Deus faz o mesmo conosco.
Quantos de nós agimos como aquele filho.
Nem sempre partimos literalmente da presença do Pai, mas nos afastamos no coração.
Permitimos o mundo tomar conta de nós, e nos roubar do Senhor.
Quantas vezes tomamos a estrada aposta a vontade de Deus, sem sequer nos importarmos com os sentimentos Dele.
Pois Ele sente, e muito além da nossa capacidade de imaginar o quanto.
Nosso egoísmo nos leva a passos largos para uma mentira que é alardeada como verdade, pois fora Dele, não há verdade.
Nossas carreiras de sucesso nos afastam do Amor do Pai.
Nossas conquistas pífias, vazias, insignificantes, nos levam pra bem longe Dele.
E ainda achamos que estamos “abafando”.
Até que um dia, olhamos pra traz e percebemos que tudo o que foi feito fora Dele não valeu a pena.
Não teve valor.
Mas graças a Ele mesmo, que Ele sempre vai estar na porteira, esperando ver lá no horizonte um rosto que Ele conhece e ama demais, pra deixar de ter de volta no lar.
Que amor!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário