terça-feira, 11 de outubro de 2011

Que Amor

Ele estava lá.

Todos os dias, esperando.

Pela cultura da época, era inimaginável a cena.

Um senhor, dono de terras, dono de gado.

Um homem respeitado. 

Não precisava estar lá, todos os dias, afinal de contas a decisão foi tomada à revelia.

A rebeldia falou mais alto.

Mas ele não se importava com o que pensavam.

Era seu filho, seu amado filho que havia partido e deixado apenas as pegadas na poeira da estrada, e que o tempo já havia apagado.

E ele esperava, todos os dias.

Deus faz o mesmo conosco.

Quantos de nós agimos como aquele filho.

Nem sempre partimos literalmente da presença do Pai, mas nos afastamos no coração.

Permitimos o mundo tomar conta de nós, e nos roubar do Senhor.

Quantas vezes tomamos a estrada aposta a vontade de Deus, sem sequer nos importarmos com os sentimentos Dele.

Pois Ele sente, e muito além da nossa capacidade de imaginar o quanto.

Nosso egoísmo nos leva a passos largos para uma mentira que é alardeada como verdade, pois fora Dele, não há verdade.

Nossas carreiras de sucesso nos afastam do Amor do Pai.

Nossas conquistas pífias, vazias, insignificantes, nos levam pra bem longe Dele.

E ainda achamos que estamos “abafando”.

Até que um dia, olhamos pra traz e percebemos que tudo o que foi feito fora Dele não valeu a pena.

Não teve valor.

Mas graças a Ele mesmo, que Ele sempre vai estar na porteira, esperando ver lá no horizonte um rosto que Ele conhece e ama demais, pra deixar de ter de volta no lar.

Que amor!!!

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