quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Dois verbos, uma ordem

“Arrependei-vos e crede no Evangelho” Evangelho de Marcos, cap. 1:15b

Jesus inicia sua caminhada de encontro à morte com essas palavras.

É interessante que antes do crer vem o arrepender.

Arrependei-vos é imperativo.

É indispensável, é inegociável.

No gamalieles, arrependimento é o reconhecimento de que se pisou na bola, errou feio, se está indo na direção errada, perdeu o mapa.

E nesse caso especificamente, o mapa é o Evangelho.

E nesse caso, especificamente (quero ser o mais claro possível), crer no mapa sem arrependimento, é a ter a mesma postura dos piratas, que encontravam um mapa do tesouro, tesouro que não era deles, e se apoderavam do mapa como donos do achado causando assim um sem fim de mazelas aos envolvidos no processo.

Crer no Evangelho sem arrependimento, é fazer dele instrumento de conveniência, de usurpação, de negócio, de poder.

Crer no Evangelho sem arrependimento, fala de superficialidade, da aparência do bem, mas que no fundo é só aparência, lembrando a comparação de Jesus com os sepulcros caiados.

O arrependimento gera uma necessidade urgente de parar tudo, custe o que custar.

Pode custar a reputação, a posição social, a posição eclesiástica, a posição política.

Pode custar os bens, a família, os negócios.

Pode custar a vida.

Por isso o arrependimento é imperativo.

Sem ele, as implicações do Evangelho são postas de lado, e o resultado é um Evangelho frouxo, leve, café com leite, sem sacrifício, sem sangue, sem morte.

Então, hoje, ouça Jesus dizendo: “arrependei-vos, primeiramente arrependei-vos, corajosamente arrependei-vos, e depois, creia, somente creia no Evangelho”.

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