quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Como será?

Há aproximadamente dois anos, eu me vi envolvido em um projeto ambicioso. Realmente ambicioso.
Como produtor do mercado fonográfico, em conversa com um parceiro comercial, e sabendo de algumas aspirações de uma cervejaria no meio dos rodeios, tive um insight.
E o resultado foi um projeto com investimento na casa dos dez milhões de reais, e obviamente, nosso retorno seria fantástico.
Redigido e formatado, a reunião foi marcada e lá estávamos nós com um executivo da cervejaria.
Resumindo, o projeto seria analisado e nós seriamos informados a posteriori.
Como a empresa desistiu do mercado dos rodeios, o projeto foi arquivado.
Agora, pensa comigo.
Eu, um cristão professo, criando um projeto para fomentar uma cervejaria.
Alguém com princípios bíblicos, conhecedor da Palavra de Deus, que muitas e muitas vezes já havia pregado contra o álcool, drogas, etc, envolvido com uma cervejaria.
Seria no mínimo, incoerente.
O famoso “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”.
Mas, aonde quero chegar.
Como alguém que assina um contrato com a mídia secular, vai poder pregar contra o adultério, contra a mentira, contra a sensualidade, contra o sexo fora do casamento?
Como será pregado o culto somente a Deus, tendo um vinculo com uma emissora que abertamente divulga e dissemina os cultos e oferendas a entidades demoníacas?
Como será?
É difícil.
E eu sei que muitas pessoas consideram quem se posiciona contra isso, juiz da causa dos outros, ai já falam sobre não tocar nos “ungidos” do Senhor e etc.
Mas será mesmo que Deus está nisso?
O que vejo, é o quadro da tentação de Jesus sendo pintado novamente, só que com um final diferente.
O que me vem a memória, é Arão levantando um bezerro de ouro no meio do acampamento, e as pessoas na periferia, lá nas ultimas tendas, dizendo uma para as outras “foi Arão quem levantou o bezerro, e  ele é irmão de Moisés, então tudo bem, vamos adorar ao bezerro”.
E hoje, o que se diz é que se foram irmãos tão abençoados, não há problema algum.
Sem falar dos valores envolvidos (tanto os cristãos como os financeiros).
Creio que tudo isso deve ser analisado à luz da Palavra de Deus, para que haja o equilíbrio.
Sem sensacionalismo, sem emocionalismo, sem preferências pessoais, mas baseado na Palavra de Deus.
Afinal, o que vai permanecer é a Palavra, sempre.
É isso.

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