Era uma sexta-feira.
O Inferno estava em alvoroço.
Andando cambaleante pelas ruas estreitas, estava aquele que dizia ser o Filho de Deus.
Mas, não era possível, pensavam eles.
Deus assim, tão fraco, tão humano.
Não.
Uma cruz definitivamente não combinava com Deus.
A festa estava preparada.
A malignidade do universo na expectativa do melhor dia da eternidade deles.
A cruz é levantada.
Nela, pregado, moído, morto, estava o motivo da festa.
E ela começa.
Gritos guturais ecoam pelos ares.
E o anfitrião da escuridão dá boas vindas às figuras mais grotescas e nojentas que se poderia imaginar.
A dança macabra parecia ser o ritmo da eternidade.
Mas, no auge da festa, no brindar das taças da morte...
Algo como uma explosão nuclear arrebenta as portas do salão.
A Luz era de cegar.
E a passos largos, decididos, aquele que ressuscitou entra pelos corredores escuros e acaba com a festa.
Literalmente, toma as chaves do lugar, esmaga a cabeça do anfitrião, e muda para sempre a história.
A Vida venceu, para todo o sempre.
Para todo o sempre.
Valeu a pena, Jesus.
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