terça-feira, 22 de novembro de 2011

Fim da festa

Era uma sexta-feira.

O Inferno estava em alvoroço.

Andando cambaleante pelas ruas estreitas, estava aquele que dizia ser o Filho de Deus.

Mas, não era possível, pensavam eles.

Deus assim, tão fraco, tão humano.

Não.

Uma cruz definitivamente não combinava com Deus.

A festa estava preparada.

A malignidade do universo na expectativa do melhor dia da eternidade deles.

A cruz é levantada.

Nela, pregado, moído, morto, estava o motivo da festa.

E ela começa.

Gritos guturais ecoam pelos ares.

E o anfitrião da escuridão dá boas vindas às figuras mais grotescas e nojentas que se poderia imaginar.

A dança macabra parecia ser o ritmo da eternidade.

Mas, no auge da festa, no brindar das taças da morte...

Algo como uma explosão nuclear arrebenta as portas do salão.

A Luz era de cegar.

E a passos largos, decididos, aquele que ressuscitou entra pelos corredores escuros e acaba com a festa.

Literalmente, toma as chaves do lugar, esmaga a cabeça do anfitrião, e muda para sempre a história.

A Vida venceu, para todo o sempre.

Para todo o sempre.

Valeu a pena, Jesus.

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