quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Desgoverno

“Queremos um rei”.

Foi o que Samuel, o profeta do antigo testamento ouviu da boca dos israelitas.

Só Deus já não bastava, afinal de contas, as nações vizinhas, independente de serem pagãs, tinham seus reis.

E quando saiam às batalhas, lá ia o monarca imponente, com a espada desembainhada, e mesmo que levassem uma surra dos servos do altíssimo, o que importava era que os vizinhos tinham um rei.

O Senhor dos exércitos, invisível, vencedor das batalhas, poderoso, eterno, parecia não ocupar o trono, pelo menos aos olhos dos complicados filhos de Abraão, Isaque e Jacó.

Então, a escolha foi feita, e da festa por Saul até Oséias, o último rei de Israel, conta-se no dedo os reis que não oprimiram o povo e que foram retos aos olhos de Deus.

Num festival de desacertos, a história fala sobre a decisão errada de substituir Deus por outro rei.

Mas porque pensar que apenas os israelitas eram complicados?

O que vemos hoje, senão a mesma intenção no coração se não de todos, da maioria dos servos do Senhor?

Deus já não é suficiente.

O Rei Jesus já não reina nos reinos dos corações dos súditos cristãos.

Queremos um rei, mesmo que isso custe a escravidão.

Queremos um rei, mesmo que isso machuque o coração do Eterno Rei, do único Rei.

E a despeito da história que exemplifica os precipícios no final da estrada dessa decisão, teimosamente queremos um rei.

É tempo de voltarmos o coração para o Senhor.

Tempo de reconhecermos nossa estúpida insistência em querermos imitar as nações pagãs.

Nosso padrão é outro.

Nosso modelo é outro.

Nosso livro de cabeceira não é de intelectuais, de PHD´s, de pensadores, mas é a Bíblia, ou pelo menos deveria ser.

Nosso estilo de vida não pode ser o mesmo do mundo, ou pelo menos não deveria ser.

Nosso namoros não podem ser no mesmo padrão da Malhação, ou pelo menos não deveriam ser.

Nossas decisões devem ser tomadas em oração, na oração e pela oração, ou pelo menos deveriam ser.

Nossos prédios, onde nos reunimos como igreja, devem ser um abrigo para os menos favorecidos, para os mais favorecidos, para os sem dinheiro, para os endinheirados, para os sãos e para os doentes, ou pelo menos deveriam ser.

Os lideres eclesiásticos devem ser absolutamente voltados para o exemplo de Jesus Cristo, devem ser pastores como Ele foi, devem imitá-lo, ou pelo menos deveriam ser.

Pra que pedir outro rei, e ver a vida desgovernada ir para o buraco, aparentemente ganhando tudo aqui, mas perdendo a alma?

Quem é o seu Rei?

Pense nisso.

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