terça-feira, 28 de junho de 2011

Quase Nunca

Faz tempo, muito tempo.

Quase quatro décadas.

Nem se lembra mais o que é andar.

Sem ajuda então, a vida se tornou um fardo.

Centenas, talvez milhares na mesma condição.

Quase uma loteria.

A água agitada da esperança, que logo vai embora na impossibilidade de chegar no tanque.

O cansaço fala alto.

Marcas deixadas pela magoa, pela rejeição, pelo tempo.

Tempo inimigo da cura, que nunca chega.

Mas aquele dia seria diferente.

O Autor da Vida estava passando por ali.

Mas o coração marcado impede por um momento que se dê a resposta obvia a pergunta do Mestre.

A desesperança quase cala o milagre.

Mas não dessa vez.

Jesus estava lá.

E com Ele a cura.

O Perdão.

A Paz.

A Esperança.

“Levanta-te, toma o teu leito e anda”.



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