Ontem, conversando com um amigo, ele fez uma colocação digna de citação e explanação.
Estávamos falando sobre a realidade da igreja brasileira.
Falávamos dos anos 80, onde se cantava uma mesma música dentre as preparadas para o momento do louvor congregacional por meses e meses.
Só para citar algumas, “Meu refugio e libertação é Jesus, Dele o socorro me virá...”, “Sei que o meu Jesus não veio em vão...”, “É Jesus, o Verbo Divino...”, Grande, é o Senhor e mui digno de louvor...”, “Reina o Senhor, tremam os povos...”, e tantas outras.
Mas isso foi mudando, e com o passar do tempo, nos vemos em uma situação completamente diferente.
Com o advento da internet, das redes sociais, dos milhares de “artistas gospel”, de uma nova música a cada segundo, nos vemos envolvidos mesmo sem querer.
E foi aí que o assunto tomou o rumo que quero dividir com vocês em breves linhas.
A diferença entre rio e enxurrada.
O rio vai na sua velocidade natural, respeitando os tempos determinados pela natureza.
O rio também é lugar de alimento, tanto para a fauna e a flora, como para nós, humanos.
Já a enxurrada...
Passa levando tudo o que tem pela frente, num emaranhado de coisas arrastadas por ela.
Leva tudo embolado, bagunçado, e o estrago só aparece quando ela vai embora.
E se alimentar dela é impossível.
Daí, a percepção que tenho é que hoje estamos longe do Rio de Deus, aquele Rio descrito pelo Apóstolo João, no livro do Apocalipse, cap 22, versos 1 e 2.
O que vejo hoje está mais para enxurrada.
Uma enxurrada que traz com ela os modismos, que dita a regra com um tempero imediatista.
Um mercado de músicas novas a cada momento, compostas por gente que não dá pra saber quem são.
Eu sou do tempo em que se buscava em Deus a inspiração para as composições.
E honestamente hoje, colocando os olhos no momento em que vivemos, me parece mais que o tema que “pega”, é a regra pra todo mundo ir atrás, e fazer igual.
Músicas voltadas para o indivíduo, com a tônica longe de ser adoração a Deus.
Mas, mesmo as que são para o Senhor, são substituídas por outras já no próximo lançamento dos “artistas”.
É enxurrada pura.
Creio que a urgência para a volta ao padrão do Rio de Deus é gritante.
Para o Rio que tem o ritmo do Criador, não da criatura.
É isso.
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