terça-feira, 6 de março de 2012

Incoerente

“Porque os consumidores se endividam?”

Essa foi a pergunta que eu li em um jornal on-line.

E a tentativa de explicar o óbvio acaba se tornando ridícula.

A palavra consumidor já é clara, muito clara.

E você ou eu não precisamos ser PHD em economia ou sociologia pra entender isso.

Mas a questão ai não é o consumidor, mas sim o consumista.

Consumista.

Tudo é consumo.

E o pior, é cultural.

E a palavra cultura por definição é em suma, aquilo que determina o comportamento do indivíduo no contexto ao qual ele está inserido.

Comportamento em todas as áreas da vida, sem exceção.

E o produto do consumismo, logo, é a dívida.

E a coisa torne-se ainda mais agravante quando é levada ao âmbito cristão.

Se existe uma coisa que não combina com o cristão é o consumismo.

Uma leitura sobre Jesus, deixa claro que ele em momento algum evocou o consumismo como sendo parte de sua vida ou ministério.

Então, porque cargas d’água nós, cristãos, nos deixamos levar pela cultura do consumismo?

A pergunta deveria ser outra: “Porque os cristãos são consumistas e se endividam?”

E pode ter certeza que a resposta passaria longe de ter alguma base bíblica para ser aceita como normal.

Pois não existe base bíblica para isso.

É amedrontador ver como a instrução de Paulo aos irmãos de Roma, sobre não ter o padrão do mundo, do sistema, da cultura distorcida como modelo, é deixada de lado.

A cada dia, mais e mais elementos dessa cultura são inseridos no meio cristão, e a discrepância é total entre o modelo de Jesus e o que não é.

Um cartão de crédito com o cedente como instituição cristã é biblicamente inadmissível.

Sabendo-se que o mau uso do cartão é o responsável pela maior quebra financeira das pessoas, e que o país não tem a cultura em saber usá-lo, logo o mau uso é decorrente disso.

E esse é só um pequeno exemplo do que temos como  realidade nesse Egito-Gospel.

Creio que já passou do tempo de revermos nossa condição de cristãos, em todas as áreas, e fazermos o caminho de volta o mais rápido possível, pois assim, os efeitos negativos serão menos desastrosos.

É isso.

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