terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Difícil de engolir

Não é saudosismo, longe disso.

É inconformismo.

E de acordo com a carta de Paulo aos Romanos, no cap. 12, estou no caminho certo.

Mas não se conformar, não tomar a forma do mundo é um desafio.

E não é um desafio qualquer.

É uma luta sem trégua.

A pressão vem de todos os lados.

Quando se levanta os olhos e se vê o cenário atual do arraial gospelizado, falta até o ar.

Tudo, absolutamente tudo, é negócio.

O que antes era chamado de cristão, hoje é chamado de consumidor.

Fazemos parte de um “mercado”.

O que eu proponho a você, rapidamente, é que imagine comigo algumas possíveis situações.

Jesus está em casa com os discípulos, o telefone toca, o empresário do ministério atende e diz o seguinte: “vou ver a data na agenda e te retorno”. “Vou te mandar por e-mail os valores para que Jesus possa ir ministrar ai com vocês”.

A pessoa do outro lado da linha insiste em saber sobre os valores, mas o empresário de Jesus diz o seguinte: “amado, não informamos estes detalhes pelo telefone” (o tom da voz é irônico) “no e-mail, o amado vai receber todas as informações para poder levar o ministério de Jesus para sua comunidade”.

O referido e-mail chega e o conteúdo é o seguinte: “Conforme contato telefônico, segue abaixo as condições para que o ministério de Jesus vá até a sua comunidade”.
“O cachê do ministério é de R$ 45.000,00, sendo que o sinal é de 50% no ato da assinatura do contrato, e o restante deve ser depositado dois dias antes do evento com o ministério de Jesus”. “Se o evento for da Prefeitura, o valor é de R$ 120.000,00”. “Em distancia acima de 200 km, a viagem deverá ser aérea”. “Pedimos o mínimo de conforto para Jesus, portanto o quarto do hotel deve ter frutas, muita água mineral, e roupas de cama novas”. Do hotel até o local do evento, pedimos um ônibus leito, camarim separado dos discípulos, e, por favor, os autógrafos só serão dados para um mínimo possível de pessoas”.

Francamente, se somos cristãos, se seguimos o exemplo de Jesus e dos Apóstolos, sabemos que a cena descrita acima jamais aconteceria.

E também não combina com quem se diz servo do Senhor Jesus Cristo.

Ministérios transformados em empresas, em fonte de renda, de lucro, de enriquecimento.

É uma atitude antibíblica, carnal, mundana.

É tempo de abrirmos os olhos.

Ou servimos a Jesus, ou não servimos.

Ou somos discípulos Dele, ou não somos.

Pense nisso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário