Produto de consumo.
Banalização do ser santo.
Lembrando que ser santo é ser separado.
Quando três pessoas fazem uso de uma canção outrora feita para adorar a Deus, tornando aquilo ridículo, alvo de piada, e se não bastasse, são feitas fenômenos da noite para o dia, algo se perdeu no meio do caminho.
Perdeu-se a noção do que é mundo e do que é igreja.
Perdeu-se a noção o que é sagrado e do que é profano.
Perdeu-se a noção do que é ser instrumento de benção.
Perdeu-se o temor a Deus.
E quando você acha que já viu de tudo, uma gravadora ainda assina contrato com os “irmãos”.
Ai fica a pergunta: o que mais falta ser feito?
Onde está o censo do ridículo?
Sou músico “de igreja”, a 35 anos, isso mesmo, 35 anos, e estou assustado com o que tenho visto.
E já que eu comecei falar, vou até o fim.
Músicas que exaltam o homem, que só falam de vitória, de benção, de restituição, parece que somos daqui, que a eternidade é mentira, que nossa morada eterna é no Alphaville, que quanto mais eu me sentir melhor e abastado, mais abençoado eu sou.
Anátema.
Tudo é consumo, e o que era uma realidade apenas do meio secular, hoje invade sem dó nem piedade o meio cristão, mas especificamente a música.
Sinceramente, acho o fim da picada a apelação, e tudo pra vender.
Pois é só isso o que importa para os empresários envolvidos, gente sem comprometimento com a Palavra, com o evangelho.
Gente que só visa lucro, e descobriu que o gospel é pra tirar o pé da lama.
O modismo impera.
As letras são feitas sob encomenda, e feitas por compositores profissionais.
Ou você acha que os caras passam horas orando, buscando em Deus a inspiração para compor as letras e melodias?
O que vale mesmo é o que toca, o que as rádios e TVs bem pagas fazem muito bem, ou você também acha que tudo é a mão de Deus agindo em favor dos artistas e afins?
Me poupe se achar assim.
É mercado, e não passa disso.
Produto de consumo.
O que nos resta é esperar pra ver o que vem por ai.
Que venha a próxima atração do circo gospel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário