terça-feira, 24 de maio de 2011

Ainda há tempo

Evangelho de Lucas cap. 15.11-24

Pronto.

Pelo menos ele pensa que está.

Resolve sair, ir embora.

Pega tudo o que é seu por direito e sai, porta afora.

Diante de si, um caminho desconhecido, novo.

Dias, meses, talvez anos de conforto e “amigos”, muitos.

Curtição a mil.

Mulheres, jogos, bebidas caras, celebridade.

Os dias passam e a grana acaba.

E com ela se vão as mulheres, os amigos, o prestigio, o status.

Sem teto, sem comida.

A própria visão do trapo humano.

Mas ai vem a lembrança.

Lembra da casa, do quarto, do banho quente, lembra do pai.

Pai que todos os dias, vai ao portão e olha a estrada, até onde a vista alcança, na esperança de ver o filho voltando.

E vê.

O coração acelera, bate forte, as mãos tremem de emoção.

Naquele rosto marcado pela tristeza, pela dor, pelo arrependimento, ele reconhece o filho e corre.

Corre e o recebe, lançado em seus braços.

Lágrimas, perdão, alegria.

O filho voltou.

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