Junto aos rios da Babilônia nós nos sentamos e choramos com saudades de Sião;
Ali, nos salgueiros penduramos nossas harpas.” Sl 137.1-2
Quantos de nós em algum momento não “nos sentamos, choramos, e penduramos nossas harpas”?
A tristeza descrita neste trecho dos salmos é latente.
Pessoas cativas, sem futuro aparente, desesperadas.
Vidas forçadas a encarar a realidade da escravidão.
A celebração pendurada num salgueiro...
Num mundo caído, com tantas injustiças, violência, cercado de medo, nossas lágrimas não querem deixar de rolar, e a música da vida insiste em silenciar sua melodia.
Mas nós temos muitas testemunhas, que no passado, mesmo diante das pausas na partitura, sabiam que a música continuaria, que as notas seriam executadas como o Compositor as escreveu.
Gente como eu e você, sujeitos ao dia e a noite, a alegria e a tristeza.
Gente que a aparente derrota não pôde se comparar ao prêmio por permanecer fiel, fiel até a morte.
Nunca é tempo de pendurar a harpa...
Chorar sim, mas silenciar a música, jamais.
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