terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pausas

Junto aos rios da Babilônia nós nos sentamos e choramos com saudades de Sião;
Ali, nos salgueiros penduramos nossas harpas.” Sl 137.1-2
                                                                                             

Quantos de nós em algum momento não “nos sentamos, choramos, e penduramos nossas harpas”?

A tristeza descrita neste trecho dos salmos é latente.

Pessoas cativas, sem futuro aparente, desesperadas.

Vidas forçadas a encarar a realidade da escravidão.

A celebração pendurada num salgueiro...

Num mundo caído, com tantas injustiças, violência, cercado de medo, nossas lágrimas não querem deixar de rolar, e a música da vida insiste em silenciar sua melodia.

Mas nós temos muitas testemunhas, que no passado, mesmo diante das pausas na partitura, sabiam que a música continuaria, que as notas seriam executadas como o Compositor as escreveu.

Gente como eu e você, sujeitos ao dia e a noite, a alegria e a tristeza.

Gente que a aparente derrota não pôde se comparar ao prêmio por permanecer fiel, fiel até a morte.

Nunca é tempo de pendurar a harpa...

Chorar sim, mas silenciar a música, jamais.

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